domingo, 24 de outubro de 2010

Uma folha em branco

Certa vez fiz o vestibular de uma faculdade de propaganda. Um dos itens era "redação livre", para a qual havia apenas um tema em comum a todos os vestibulandos. E o tema era: "Descreva o que você vê na folha anexa".

Só que a tal folha anexa, uma página de papel comum, estava em branco. A maioria, incluindo eu, virou a folha para ver se havia algo no verso. Não havia. E lá no fundo um apressadinho levantou a mão e chamou a atenção do professor:
- Mestre, minha folha está em branco.

O mestre só olhou por cima dos óculos, com aquele ar de reprovação. E aí todo mundo entendeu: o que era possível enxergar numa folha em branco?

Quando as notas saíram, eu, curioso, fui perguntar ao mestre qual tinha sido o critério de avaliação. E ele me disse:
- Quanto mais surpreendente a resposta, mais alta a nota.

A resposta mais comum foi "Nada" e mereceu nota 4. Foram apenas duas notas 8 e uma delas até hoje mexe comigo. Alguém escreveu:

- VEJO UMA OPORTUNIDADE!


Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. II Coríntios 5.17

Pastor Iloir Silva
pr.iloir@yahoo.com.br

Não julgueis pela aparência

Certo dia uma moça estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um Aeroporto.Como ela deveria esperar por muitas horas resolveu comprar um livro para matar o tempo. Também comprou um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona na sala vip do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz.

Ao seu lado sentou-se um homem.Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Ela pensou: "Mas que cara de pau. Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse".

A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou: O que será que o abusado vai fazer agora? Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.

Aquilo a deixou bufando de raiva. Ela pegou o seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao embarque. Quando sentou confortavelmente, numa poltrona, no interior do avião, olhou dentro da bolsa, e, para sua surpresa, o pacote de biscoito estava ainda intacto. Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela, e já não havia mais tempo para pedir desculpas.

O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, enquanto que ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo os dela.

Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo os biscoitos dos outros, e não temos a consciência disto? Há quem proceda de forma muito diferente da que nós gostaríamos. Isso tira a nossa calma e nos dá a impressão de que ninguém gosta de nós. Raciocine claramente! Antes de concluir, observe melhor!

Talvez as coisas não sejam exatamente como você vê ou pensa!


"Não julgueis pela aparência, mas julgai segundo o reto juízo" - João 7.24.

Pastor Iloir Silva
pr.iloir@yahoo.com.br

Trabalho em equipe

Um sábio tinha três filhos jovens, inteligentes e ávidos por sabedoria.

Certa vez, quando os três rapazes estavam discutindo sobre quais seriam os principais obstáculos ao sucesso de um trabalho coletivo, seu pai os chamou e confiou-lhes uma importante tarefa, levar ao príncipe governante três presentes.

O primeiro levaria um vaso muito precioso.

O segundo levaria uma corça rara.

O terceiro levaria um bolo primoroso, receita da família.

O trio recebeu a missão com entusiasmo, mas, no meio do caminho, começaram a discutir.

O que levava o vaso não concordava com a maneira como o irmão puxava a corça delicada; o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse; este, por sua vez, repreendia o portador do vaso valioso, com medo que ele o deixasse cair.

Em dado momento, o que conduzia a corça estendeu a sua mão a fim de consertar a posição da vaso, que, premido pelas inquietações de ambos, escorregou de súbito, espatifando-se no chão. Com o choque, a corça fugiu espantada. O carregador do bolo, ao tentar deter o animal, deixou o bolo cair.

Desapontados e irritados, os três rapazes voltam à presença do pai, apresentando cada qual a sua queixa, culpando uns aos outros pelo desastre.

O sábio, porém, sorriu e disse-lhes:
- Aproveitem este incidente e aprendam: O sucesso de um trabalho em equipe depende de muitas coisas:
a) Que não se perca o senso coletivo;
b) Que um não invada a área do outro, se não lhe for solicitado;
c) Que cada um faça a sua parte do melhor jeito possível;
d) Que cada um valorize, respeite e considere o trabalho do outro.


Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
Hebreus 10.24

Pastor Iloir Silva
pr.iloir@yahoo.com.br

Doação de sangue

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. Várias crianças tiveram morte instantânea. As demais ficaram muito feridas, entre elas, uma menina de oito anos, em estado grave.

Ela precisava de sangue, urgentemente. Com um teste rápido descobriram seu tipo sangüíneo, mas, infelizmente, ninguém na equipe médica era compatível.

Chamaram os moradores da aldeia e, com a ajuda de uma intérprete, lhes explicaram o que estava acontecendo. A maioria não podia doar sangue, devido ao seu estado de saúde. Após testar o tipo sangüíneo dos poucos candidatos que restaram, constataram que somente um menino estava em condições de socorrê-la.

Deitaram-no numa cama ao lado da menina e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto, enquanto seu sangue era coletado. Passado alguns momentos, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico pediu para a intérprete perguntou a ele se estava doendo. Ele disse que não.

Mas não demorou muito, soluçou de novo e lágrimas correram por seu rostinho.

O médico ficou preocupado e pediu para a intérprete lhe perguntar o que estava acontecendo. A enfermeira conversou suavemente com ele e explicou para o médico porque ele estava chorando:
- Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que você disse e estava achando que ia ter que doar todo o seu sangue para a menina não morrer.

O médico se aproximou dele e com a ajuda da intérprete perguntou:
- Mas se era assim, porque então você se ofereceu para doar seu sangue?

- Porque ela é minha amiga.


Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
João 15.13

Pastor Iloir Silva
pr,iloir@yahoo.com.br