Certa vez fui convidado para falar durante um banquete numa sexta-feira à noite. Ao chegar em casa, de volta do seminário onde leciono, entrei com o carro na garagem e à luz do farol vi a bicicleta do meu filho Bob. Havia dias que permanecia na garagem com o pneu traseiro completamente vazio. Eu havia prometido consertá-lo, mas não encontrava tempo para fazê-lo. No dia seguinte, pela manhã, eu iria sair em viagem; por isso, ou o consertava agora ou o momento ideal nunca chegaria.
Chamei o Bob, pegamos a bicicleta e colocamos um remendo no pneu rasgado. A seguir, tomei um banho rápido, troquei de camisa e gravata e saí correndo para banquete.
Cheguei com apenas vinte minutos de atraso, mas o anfitrião já estava tendo úlceras.
- Por onde andava? perguntou ansioso.
- Perdoe-me o atraso, disse sincero, mas tive que consertar um pneu.
- Achei que seu carro era novo!
- É sim. Era o pneu da bicicleta do meu filho.
Puff! O sujeito perdeu a calma! Não poupou palavras. Rasgou o verbo, irado, insinuando que eu estava desperdiçando o precioso tempo dele e dos convidados por causa de uma bicicletinha. Quando parou para tomar fôlego, perguntei calmo:
- Já lhe ocorreu alguma vez, meu amigo, que para mim é muito mais importante consertar a bicicleta do meu filho do que participar do seu banquete?
Não muito tempo depois deste incidente, e u e o Bob jogávamos bola num parque quando lhe perguntei:
- Diga-me a verdade, filho, você me ama?
- Te amo demais, pai! respondeu ele.
- Fico feliz em ouvi isto. Mas por que você me ama?
- Porque jogamos bola juntos e você conserta a minha bicicleta.
Amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro. I Pedro 1.22
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